O problema é que Ken Rogoff tem, em larguissima medida, razão:
no El País de ontém..
Felicidades para 2009
Portugal chega a 2009 fragilizado por uma década de crescimento anémico e de acumulação de uma elevada dívida externa, num contexto em que a poupança é baixa e as fontes primárias de poupança se encontram depauperadas. Trata-se de um cenário particularmente difícil de gerir para os responsáveis políticos agora que a liquidez falta na economia e os nossos mercados de exportação na Europa entraram em recessão de profundidade e dimensão incertas.
Neste contexto de forma coordenada com as demais autoridades europeias, o Governo tem actuado com prontidão no sentido de reduzir a desconfiança que tem minado o funcionamento do sistema bancário e a canalização de meios de liquidez para as empresas e para as famílias. Infelizmente, o sucesso é bastante reduzido, mas é hoje certo que a dimensão temporal e a profundidade da actual crise dependerão do sucesso das autoridades em trazer os bancos a actuar em condições de normalidade.
Uma vez que a crise financeira já deu origem a uma crise real, os governos dos países ocidentais estabeleceram planos claros de estímulo da procura agregada para minorar o impacto da actual crise. Portugal não é excepção. Penso é que, a nossa preocupação aqui chegados, não está tanto na possibilidade de falta de intervenção pública mas antes na possibilidade de por ignorância ou excessivo nervosismo, corrermos o risco de poder vir a matar o doente (Portugal) com a cura (excessivo voluntarismo).
Ninguém se atreve a dizer uma palavra de repúdio sobre a “salvação” (até quando?) da Quimonda, a salvação das pirites, o apoio à Aerosoles, o mega apoio à industria automóvel, o apoio de milhares de milhões (para já, parece que vão 2) ao negócio bancário do defunto BPN via nacionalização e o mais que foi preciso que a Caixa fizesse, o dinheiro empatado no pântano jurídico em que se tornou o BPP …e todos os apoios que hão-de vir a ser solicitados por todos os que vão sendo apanhados por uma crise de proporções históricas. A tudo isto irão acrescer as garantias públicas às novas concessões e nalguns casos as inerentes despesas futuras, os TGVs, o aeroporto, os portos, os investimentos na rede escolar, na rede hospitalar…e ainda o aumento da despesa corrente com o belo aumento real que os funcionários públicos vão ter em tempo de crise (e de eleições), a despesa com os inevitáveis novos desempregados, e last but not least, a quebra das receitas fiscais.
Tudo isto muito meritório, muito necessário, muito politicamente inatacável. Só é pena que Portugal tenha uma dívida externa tão alta e uma taxa de poupança tão baixa. Foi este o pensamento que tive quando ainda antes do Natal vi que uma emissão da dívida pública alemã de 7 mil milhões de euros não teve tanta procura quanto o esperado, tendo ficado parte por colocar. A isto acresce a preocupação com o aumento brutal do spread da nossa dívida face ao da dívida alemã. Num ano em que tantos emissores soberanos de dívida irão ao mercado na Europa e nas Américas, a que preço é que vamos financiar tanta iniciativa? E será que vai ser só uma questão de preço? Muitas felicidades para 2009.
no SOL a 26 de Dexembro de 2008.
Os génios no governo, no gabinete constâncio e nas múltiplas assessorias não prestaram atenção nenhuma aos indígenas. Andavam em sessões de interpretação colectiva do rapaz Krugman e a decorar frases de Cáines nuns post-its que uns assistentes do Quelhas tinham distribúido pelos governantes. Agora, passam a factura aos indígenas....ou então, simplesmente perderam-se nas ironias....
O país está a ir ao fundo...agora cada vez mais próximo de submergir ainda mais rapidamente numa crise (certa) de proporções históricas. O governo diz, no estilo habitual de que nunca tem culpa do mal que faz e dos erros que comete, que boa parte do descalabro se explica por ter pago a factura dos submarinos encomendados por PP. Infelizmente, perante a afronta, o PP emudeceu. O CDS também....
Nos idos anos 80 o meu amigo paulistano Paulo Tenani costumava dizer que "Portugal não é europeu. Todo o mundo sabe que a América Latina só termina nos Pirinéus". Eu, convencido pela recém entrada na CEE, dizia que não, e tentava demonstrar que em Portugal havia mais que "padeiros e mulheres de bigode". Vinte e tal anos depois, meto a viola no saco e dou razão ao Tenani.
24 De Novembro de 2009 – “A principal preocupação da política económica do Governo é a recuperação económica e o emprego. Nesse sentido, não é compaginável com esses dois objectivos um aumento de impostos”, afirmou
2 De Fevereiro 2010 – "Vamos fazer uma consolidação orçamental baseada na redução da despesa e não através de aumento de impostos, porque isso seria negativo para a economia portuguesa".
8 De Março 2010 – "O Governo vai concentrar-se na redução da despesa do Estado, tarefa que é provavelmente a mais difícil e exigente. Mais fácil seria aumentar impostos, mas isso prejudicaria a nossa economia".
30 De Abril 2010 – Sócrates garante que não há aumento de IVA. "O que vamos fazer é o que está no PEC. A senhora deputada vê lá o aumento do IVA? Não vê", disse o primeiro-ministro no debate quinzenal no Parlamento, perante a insistência da deputada do Partido Ecologista "Os Verdes", Heloísa Apolónia. "Estamos confiantes e seremos fiéis ao nosso programa. São essas medidas que importam tomar".
12 De Maio 2010 – "Portugal registou o maior crescimento económico da Europa no primeiro trimestre deste ano. Portugal foi o primeiro país a sair da condição de recessão técnica e o que melhor resistiu à crise".
16 De Junho 2010 – O primeiro-ministro, José Sócrates rejeitou, em Bruxelas, o cenário de redução de salários na função pública, afirmando acreditar que as medidas já adoptadas pelo Governo são suficientes para atingir os objectivos orçamentais em 2010 e 2011.
24 De Agosto 2010 – “Entre Janeiro e Junho, a nossa economia cresceu 1,4 por cento, face às estimativas de 0,7 por cento para o ano inteiro”. Nestes seis meses, o crescimento da economia que se verificou em Portugal foi o dobro do previsto pelo Governo no início do ano”, afirmou o primeiro-ministro em Vale de Cambra.
A 29 de Setembro de 2010 Sócrates anuncia o segundo aumento de impostos do ano e cortes nos salários.
24 De Novembro de 2009 – “A principal preocupação da política económica do Governo é a recuperação económica e o emprego. Nesse sentido, não é compaginável com esses dois objectivos um aumento de impostos”, afirmou
2 De Fevereiro 2010 – "Vamos fazer uma consolidação orçamental baseada na redução da despesa e não através de aumento de impostos, porque isso seria negativo para a economia portuguesa".
8 De Março 2010 – "O Governo vai concentrar-se na redução da despesa do Estado, tarefa que é provavelmente a mais difícil e exigente. Mais fácil seria aumentar impostos, mas isso prejudicaria a nossa economia".
30 De Abril 2010 – Sócrates garante que não há aumento de IVA. "O que vamos fazer é o que está no PEC. A senhora deputada vê lá o aumento do IVA? Não vê", disse o primeiro-ministro no debate quinzenal no Parlamento, perante a insistência da deputada do Partido Ecologista "Os Verdes", Heloísa Apolónia. "Estamos confiantes e seremos fiéis ao nosso programa. São essas medidas que importam tomar".
12 De Maio 2010 – "Portugal registou o maior crescimento económico da Europa no primeiro trimestre deste ano. Portugal foi o primeiro país a sair da condição de recessão técnica e o que melhor resistiu à crise".
16 De Junho 2010 – O primeiro-ministro, José Sócrates rejeitou, em Bruxelas, o cenário de redução de salários na função pública, afirmando acreditar que as medidas já adoptadas pelo Governo são suficientes para atingir os objectivos orçamentais em 2010 e 2011.
24 De Agosto 2010 – “Entre Janeiro e Junho, a nossa economia cresceu 1,4 por cento, face às estimativas de 0,7 por cento para o ano inteiro”. Nestes seis meses, o crescimento da economia que se verificou em Portugal foi o dobro do previsto pelo Governo no início do ano”, afirmou o primeiro-ministro em Vale de Cambra.
A 29 de Setembro de 2010 Sócrates anuncia o segundo aumento de impostos do ano e cortes nos salários.
Já escrevi, na sequência do acordo entre o PSD e o PS para viabilização da revisão do Plano de Estabilidade e Crescimento que, se este fosse cumprido, o défice global do sector público administrativo se deveria situar abaixo dos 7% do PIB. Os dados conhecidos da execução orçamental levam-me a reforçar essa convicção, sendo concebível mesmo que uma boa gestão da despesa, compensando o acréscimo de gastos correntes (420 milhões por ano, com impacto já na execução corrente) em resultado das concessões da ministra Isabel Alçada aos professores, que concretize os 1000 milhões de corte acordados com o PSD, leve a um valor abaixo dos 6,8% do PIB.
Apesar do bom resultado que espero em termos de défice, há dois pontos que me preocupam sobremaneira. Em primeiro lugar, o mau comportamento da despesa que o Ministério das Finanças mais directamente controla (a do subsector Estado) e, em segundo lugar, a lentidão do reforço da UTAO (unidade técnica de acompanhamento orçamental) na Assembleia da república, elemento fundamental de um controlo transparente e célere da execução orçamental.
É que, tal como aconteceu em 1999, em que entrámos no euro numa trajectória insustentável das finanças públicas com as consequências conhecidas, corremos de novo o risco de obter aparentemente bons resultados em termos de défice, apenas dificultando o ajustamento posterior. A experiência mostra que, se assim for, à satisfação seguir-se-á o desastre.
amanhã na minha coluna Economia Livre do Correio da Manhã
. A haircut in the making? ...
. Auto da Barca do Inferno ...
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. Socrates dixit: cábulas p...
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. antes da tempestade, uma ...